Digamos
que meu amor por você é como o campo gravitacional da terra, é enorme e
facilmente te atrai para perto. Para viajar no teu espaço sempre preciso dar
voltas e mais voltas pelo vazio até que tua gravidade me atraia até seu íntimo.
Nosso amor nasceu como a lua, eu te vi e de repente foi como se um meteoro me
atingisse me tirando o mais precioso magma e te fazendo, como se fosses parte
de mim. Não consigo viajar mais no infinito, pois não há oxigênio perto de
você, e o teu eletromagnetismo me atrai cada vez mais, o que de fato me
preocupa é se o nosso amor assim como o sol irá chegar até o fim de seu ciclo,
pois a cada dia que passa, sinto como se os núcleos de nossos átomos se
fundissem. Cada vez o sentimento cresce
mais, é como se fosse dois de hidrogênio para criar um hélio, e assim por
diante, até o dia que tudo isso acabe, transformando-se em ferro e nossos
corações já não suportem mais. O que de fato me assusta é se nossos vetores
forem diferentes, e o que mais ainda me assusta é que um dia você possa se
transferir para outra galáxia. Mas existem muitas teorias, daqui para lá
podemos ser atraídos rumo a um buraco negro e assim voltaremos ao passado e
viveremos tudo de novo, a cada dia, cada ano, de acordo com a velocidade da luz.
Por: Amanda Barroso